Meu Saravá fraterno a todos os irmãos e irmãs umbandistas!
Não há nada que se possa fazer nesta vida sem Amor. E isso, podemos afirmar com plena convicção, olhando para o cotidiano das pessoas no dia a dia nessa nossa sociedade. Todo aquele ser que realiza alguma tarefa, trabalho, de forma mecânica, sem gosto, sem carinho, sem amor pelo que faz, não realiza bem aquela atividade.
E, se assim ocorre no trabalho, nos estudos ou em qualquer outro campo da vida, não será diferente no campo da Fé e da Religiosidade. Afinal, quando adentro um templo da minha religião, o aroma das essências, das ervas, das bebidas, das flores, das velas, devem me fazer bem…caso contrário, não estarei adentrando em um ambiente adequado para mim.
Nós, umbandistas, sentimos prazer quando adentramos um terreiro e uma combinação de sensações positivas toma conta do nosso espírito. Temos essas sensações, porque, na Umbanda e por ela nutrimos algo que, como citado no início desse texto, é fundamental: Amor!
Costumamos dizer que o Amor é o combustível da vida. E o amor pela nossa religião é o combustível que nos move e permite que prossigamos na nossa caminhada evolutiva nos abastecendo com este amor fundamental e recebendo de Deus a bênção que é a oportunidade de, por intermédio da Lei de Umbanda, contribuir para que este Seu Amor Maior se espalhe ao nosso redor.
Então, temos dois aspectos que se entrelaçam: o Amor pela Umbanda e a Umbanda praticada com Amor. O primeiro aspecto citado se manifesta quando adentramos o terreiro e sentimos toda a combinação de sensações que o ambiente umbandista nos provoca e proporciona. O segundo, é manifestado quando a praticamos:
- a) No ambiente de terreiro, sejamos dirigentes, médiuns, cambonos, ogãs ou adeptos;
- b) Além do ambiente terreiro, sejamos dirigentes, médiuns, cambonos, ogãs ou adeptos;
As palavras e ensinamentos dos guias espirituais, a cada trabalho, nos fortalecem, estimulam, vitalizam, e até nos ordenam, nos equilibram, nos magnetizam. Porém, há um aspecto que precisamos abordar e ele foca na continuidade do que é feito nos rituais religiosos (como citado e grifado por nós, na alternativa b do segundo aspecto).
Em muitos dos nossos escritos (tanto em textos, artigos, como em obras literárias), temos insistido em dizer que é fundamental que os ensinamentos da Umbanda, essa nossa Escola Evolutiva, ultrapassem os limites dos templos e sejam aplicados e praticados por nós, no dia a dia, no mundo “lá fora”.
Afinal, esta é principal função de uma escola e dever daquele que nela recebe ensinamentos. Isso nos mostra que tudo o que a Umbanda nos ensina é para que apliquemos no nosso dia a dia, na comunidade da qual fazemos parte, estendendo-se para a nossa sociedade. Por que, tudo deve fluir de dentro para fora. A Umbanda nos traz paz e equilíbrio espiritual e nós, a partir disso, devemos espalhar o que recebemos ao nosso redor.
Não faria sentido algum fecharmo-nos em nossos “casulos” pessoais e não contribuirmos para com a sociedade em que vivemos com aquilo que nos é transmitido. E essa transmissão pode se dar de várias formas, no dia a dia. Podemos, é claro, levar pessoas ao terreiro que frequentamos, para que recebam na Umbanda as benesses que ela nos traz.
Mas, podemos ir muito além, levando os ensinamentos da nossa Umbanda para o mundo fora do templo. E qual seria a melhor forma de levarmos estes ensinamentos? Na nossa visão, a melhor forma é praticando os ensinamentos éticos de fé e de amor que nossa religião propicia. Compreendendo as diferenças e amando os diferentes, amando a natureza. Pois, quando olho para uma árvore, para um animal ou para o meu semelhante humano (independente de qualquer diferença) e neles vejo Deus, então, a Umbanda está fluindo de fato em meu íntimo, ativada em meu templo interior.
Trabalhar para paralisar e transmutar os nossos preconceitos, transformando-os em amor ao semelhante, pode e deve ser o nosso primeiro passo. Assim, estaremos praticando Umbanda com Amor no dia a dia, o tempo todo.
Este é o nosso desejo e assim almejamos que seja para todos os umbandistas!
Fiquemos na paz do Divino Pai Oxalá!