Religiosidade x Religiosismo

Tenho observado algumas ações, em meio ao caos atual (não me refiro somente a este momento de exceção, mas ao que estamos vivendo há alguns anos, neste início de século e milênio) no que se refere à fé e a religiosidade das pessoas.

Obviamente, o meu campo de observação limita-se àquele em que vivo e atuo, que é o da Umbanda, mas estende-se num pequeno raio em seus arredores. Refiro-me a algumas manifestações ditas espiritualistas.

A Fé é, sem sombra de dúvidas, o motor da vida, aquele que nos movimenta e/ou sustenta os nossos movimentos. Se, a Criação de Deus se baseia nos movimentos para que possa ocorrer o processo de evolução no espaço e no tempo, necessita de um motor que sustente tais movimentos. Numa reflexão filosófica podemos chegar ao conceito de Deus em Aristóteles, que define nossa Origem como o Primeiro Motor Imóvel, responsável por todos os movimentos da Criação. Esta definição, já citada em outros textos de nossa autoria, pode ser encontrada na sua célebre obra “Metafísica”.

Este primeiro motor, Deus, nossa Origem, nos dotou de vários recursos para que pudéssemos cumprir a contento e dignamente o processo de evolução a nós designado pela Sua Vontade Maior. E todos estes recursos podem ser bem utilizados quando sustentados pelo motor Fé.

Ainda e infelizmente, há pessoas (e não são poucas) que associam a Fé, motor básico da Vida, sentido primal da existência, à manifestação religiosa pura e simplesmente. Por isso, darei início agora a uma reflexão que se baseia neste aspecto, estendendo-se, em seguida, aos conceitos de religiosidade e religiosismo, destacando seus antagonismos e prosseguindo pela nossa observação acerca da apropriação religiosa.

Mas, o que é então a Fé? O que é religião? O que é religiosidade? O que é religiosismo? O que seria a tal apropriação religiosa?

Vamos lá: a Fé é o motor básico da Vida, primeiro sentido da existência. Sem ela não nos movimentamos. Sem fé não possuo forças para levantar pela manhã, realizar minha higiene pessoal, uma boa refeição e iniciar os afazeres do dia. Portanto, percebemos que a partir desta definição falamos em fé sem nenhuma citação religiosa ou razoavelmente próxima a alguma manifestação neste sentido. Exatamente porque a Fé, primeiro sentido da Vida, é o motor que nos move na existência (consciencial, espiritual e material).

Devemos ampliar o nosso raio de visão entendendo que a Fé não só pode como deve se manifestar no processo religioso, mas deve vibrar em nós como luz pulsante o tempo todo e em todos os momentos, em todos os campos e setores da nossa vida. A Fé se manifestará no íntimo espalhando-se como energia vibrante e sustentadora, a partir do mental, sendo assim distribuída por todo o ser, seus campos vibratórios, chacras, corpos energético, espiritual e material.

Ao contrário disso, a crença, quando não sustentada por este movimento a partir do íntimo citado no parágrafo anterior, será limitada e limitante como uma jaula na vida de qualquer ser humano. Então, não devo crer? Respondo que devemos crer quando tivermos a Fé como motor sustentador dessa crença. E Fé, em momento algum, fluirá de fora para dentro. A crença é exterior e, por isso, não tem condições de sustentar-nos por si só. Mas a Fé brotando do íntimo pode sustentar a crença de forma saudável.

Imaginemos que o Poder Divino Cristalino denominado Fé irradie em nosso mental incontáveis cordões sutis. Um desses (ou alguns desses) é(são) responsável(is) por um dos inúmeros aspectos da fé em nossas vidas: a religiosidade. Exatamente… a religiosidade é o cordão (ou um conjunto de cordões) que nos mantém conectados(as) à nossa Origem (Deus) em nossa caminhada evolutiva, pois, precisamos ficar ligados(as) à nossa casa, como filhos(as) que saem e se mantém em contato com mãe e pai através dos recursos tecnológicos que conhecemos. Trocando em miúdos: a religiosidade nos mantém religados(as) a Deus. Ela é um dos aspectos da Fé e não a fé em si mesma.

Este cordão (ou conjunto de cordões) da religiosidade é(são) inerente(s) a todo o ser em evolução. Algumas pessoas o(s) mantém aceso(s) e vibrante(s), enquanto outras o(s) mantém apagado(s). É certo que, em algum momento, em algum lugar na Criação, todas manterão sua religação ativa, pois, ninguém resiste por muito tempo (considerando-se a eternidade) negando a Deus. Pode-se sustentar isso por uma, algumas encarnações ou nos intervalos entre elas, mas isso é ínfimo se comparado à Vida Eterna.

Já compreendemos a fé e a religiosidade, então, onde entra a religião neste processo? A religião é um sistema fundamental para organização, ordenação, harmonização e estabilidade do processo de religação (religiosidade) com Deus, nossa Origem. Tem como função fundamental manter a religiosidade acesa, pois, se esta não é a Fé em si mesma, como já citei,´é um aspecto fundamental para que este motor se mantenha vivo, ativo e com todos os seus componentes funcionando bem (como um óleo lubrificante no motor de um carro).

A religião é uma Vontade Maior da Lei Divina que se manifesta entre os humanos. Respeitamos aqueles que afirmam serem as religiões criações humanas, mas, já temos informações suficientes trazidas por senhores Mestres da Luz que corroboram e sustentam essa afirmação aqui descrita. Se há problemas com algumas religiões ou em parte delas, estes são criados por religiosos, que são humanos em evolução. Sabemos que neste nosso mundo não há nenhuma divindade encarnada, todos que aqui se encontram encarnaram por necessidade evolutiva.

Então, nenhum sacerdote, dirigente, líder espiritual ou médium está isento de falhas, nos mais variados graus. Culpar qualquer religião por falhas ou vícios humanos é, no mínimo, ingenuidade, mas, em alguns casos, má intenção. Por que a religião incomoda alguns? Voltaremos a este tópico no final do texto.

É certo que a religiosidade pode se manifestar sem a participação, caso assim seja a vontade do indivíduo, em algum sistema religioso. Mas um sistema religioso bem equilibrado, calcado no Conhecimento, que contribua desta forma para a expansão consciencial do ser em questão, poderá acelerar de forma considerável o processo evolutivo daquela pessoa.

E atentemos para este detalhe: crenças limitadas e limitadoras prestam um desserviço para a religiosidade de qualquer pessoa.

De todas as definições que nos propusemos a analisar, resta uma: a do religiosismo.

Iniciarei com uma afirmação curta: o religiosismo é um atalho para o fanatismo. Vamos entender: se a religiosidade, quando amparada por um sistema religioso sadio, pode levar o ser a acelerar consideravelmente o seu processo evolutivo, o religiosismo, de forma oposta, o incentiva a ficar rodando em volta de si mesmo.

Mas como isso ocorre? Exatamente quando determinados aspectos ritualísticos daquela religião ganham tanta importância que acabam ultrapassando o bom senso e, até mesmo, a própria Fé. Quando começa-se a reduzir todo o processo de Fé ao templo, por exemplo, o religiosismo começa a tomar conta, controlando e domando a religiosidade daqueles(as) que ali se encontram.

O Templo deve ser uma mola propulsora da religiosidade, ou seja, aquele que adentra o templo religioso deve sair dele com a religiosidade vibrando em si. Caso necessite se manter no templo para que isto aconteça, há algo errado, há religiosismo.

O religiosismo, enquanto manifestado num determinado processo, pode levar os seres ao fanatismo, como já citei, por que, como um carro desenfreado ladeira abaixo, tende a acelerar tanto até que provoque um inevitável acidente que venha a atingir não somente o condutor do veículo e aqueles que nele se encontram, como pessoas inocentes que por aquele local passavam. No caso da Umbanda, o(a) dirigente é o(a) condutor(a), os(as) médiuns são os que se encontram no carro e os frequentadores são aquelas pessoas que por ali passavam.

Portanto, um processo acelerado de religiosismo prejudica a sadia evolução por intermédio da religiosidade e machuca a fé na vida de quem quer que seja. Por isso, tenhamos bom senso, pois, a nossa religiosidade, seja na Umbanda ou em qualquer outra religião, está em nós, sustentando a Fé como motor básico da nossa existência.

E se a nossa Fé na Umbanda ou em qualquer outra religião não nos permite, por qualquer motivo, que frequentemos temporariamente o templo físico erigido, recorramos ao templo interior, pois a Umbanda (ou qualquer outra religião) está viva e ativa no íntimo daquele que crê em Deus e encontrou naquele sistema religioso um veículo para tal manifestação.

Que a nossa religiosidade seja sadia. Não adentremos a via do religiosismo, pois, aceleradamente chegaremos ao fanatismo. E sabemos que uma religiosidade sadia e equilibrada, calcada na Fé, no bom senso, no Amor e no Conhecimento, com Equilíbrio e Ordenação, nos proporciona uma Evolução Criativa.

APROPRIAÇÃO RELIGIOSA

Ouço, algumas vezes, pessoas discutindo acerca de apropriação cultural, criticando-a até mesmo.

Trazem esta discussão para o campo religioso, inclusive. Não analisarei aqui o aspecto cultural da Umbanda, minha religião, tampouco de outras que mal conheço. Mas esta discussão serviu para que eu começasse a observar um outro tipo de apropriação, que não necessariamente é cultural (apesar deste aspecto estar intrínseco às religiões), mas é fortemente religioso.

No decorrer deste texto, dissertei acerca do incômodo que as religiões provocam em algumas pessoas. Quero deixar claro que não me refiro a ateus ou agnósticos, pois, estes simplesmente ignoram as religiões, portanto, não os vejo incomodados com elas.

São exatamente os ditos “espiritualistas independentes” que, em alguns casos (não em todos), se mostram “mensageiros da salvação”, é que passam boa parte do seu tempo batendo nas religiões, criticando-as severamente e culpando-as pelos maiores males da humanidade, como se, cada um de nós, ainda ligados ao ciclo reencarnatório, não tivéssemos parcela de responsabilidade para com tudo o que a humanidade vem vivendo.

Mas vivemos um momento em que temos muitos “espíritos ascensionados” na carne apontando seus dedos para os tumores do nosso mundo e do nosso tempo. Pois, muitos destes críticos ferrenhos das religiões (e muito incoerentes, se comparados a ateus e agnósticos), são aqueles que vão até elas, apropriam-se de fundamentos seus, os releem em alguns casos, em outros não, e usam destes nos seus trabalhos, dizendo-se mensageiros da mais alta espiritualidade.

Aliás, você já percebeu que, nestes pseudos-sistemas, fala-se em uma “espiritualidade”, mas Deus, que é bom, fica de fora? Pois eu afirmo: muitos têm vergonha de citar este simples e maravilhoso fonema, com apenas quatro letrinhas: DEUS!

Tornou-se simples criticar toda e qualquer religião mas, por exemplo, nos seus trabalhos espirituais, podem incorporar um Preto Velho, Caboclo ou Exu. Obviamente, estará incorporando um guia espiritual ligado à sua egrégora pessoal, porém, sem sustentação de um Templo que por sua vez é sustentado por um sistema religioso, que mantém em seu bojo ligação com os três lados da Criação, como nos ensinou o Mestre Rubens Saraceni: o Divino, o Natural e o Espiritual.

Um trabalhador encarnado que não é sustentado por um sistema religioso vigoroso, pode realizar o que bem entender. Pois, não esqueçamos: os espíritos trabalhadores da Lei têm limites impostos quando colocamos à frente nossas vontade, ego e vaidade. E, convenhamos, fica muito mais fácil fazer o que se bem entende, manifestando nossos vícios e imperfeições no trabalho, quando não temos um sistema religioso ligado à Lei Divina nos fiscalizando. Esquecem-se (ou preferem esquecer) que somos humanos encarnados e devemos responder à Lei Maior.

Talvez aí esteja a resposta para aquele questionamento: por que as religiões incomodam tanto?

Seria mais digno se estas pessoas, que criticam as religiões, não se apropriassem dos seus fundamentos. Ainda que se digam livres, independentes, sustentadas pelos seus guias e que não precisam de um sistema religioso, eu retruco: então, leve Deus para o seu sistema pessoal. E se há tanta força, sustente o seu sistema. Mas crie, sustente, e não busque aqui na Umbanda ou em qualquer outra religião, os fundamentos para o seu trabalho.

Se aqui escrevi que uma religiosidade sadia pode ser manifestada fora de um sistema religioso, então, uma pessoa que critica as religiões e se diz independente não é coerente se recorrer a recursos ritualísticos da Umbanda, por exemplo? Concluo da seguinte forma: manifestar religiosidade como sustentadora e fortalecedora da sua fé, ou seja,como fiel a Deus, sem qualquer denominação religiosa, através de orações ou outros preceitos, é uma coisa. Outra coisa é autodenominar-se trabalhador espiritual, mostrar-se crítico a religiões e utilizar-se de seus recursos para os seus trabalhos. Que isso fique bem claro!

Este texto pretende, também, além de mostrar a diferença entre religiosidade e religiosismo e que podemos ter a nossa Fé abastecida por uma religiosidade sadia (com ou sem religião, mas, bem fortalecida por um sistema religioso vigoroso, caso assim queiramos), ser uma resposta a todos aqueles que atacam as religiões sem, ao menos, conhecerem os fundamentos divinos da religiosidade.

Esperamos que tudo o que foi aqui colocado tenha sido esclarecedor. Que a sua religiosidade se manifeste de forma pulsante e, preferencialmente, naquela religião que vibra em seu coração, seja a nossa amada Umbanda ou qualquer outra.

André Cozta

1 comentário em “Religiosidade x Religiosismo”

  1. “ […] Niyê he, observa que fiz tudo isso ainda vivendo no plano da matéria. Foi uma verdadeira iniciação, pois assumi conscientemente deveres e obrigações diante da Lei e da Vida. Isso, sim, é uma iniciação, pois é o religamento com nosso passado ancestral, quando possuíamos inconscientemente as mesmas obrigações e realizávamos os mesmos deveres.

    Muito me incomoda o abastardamento no qual falsos iniciados lançaram nos rituais de iniciação. Reúnem-se com alguns tolos, invocam Divindades sobre as quais nada sabem, exceto seus nomes humanos, realizam rituais sem a menor ressonância nas esferas espirituais ou nas dimensões planetárias e, logo que o encerram, saem felizes e crentes de que já estão ‘religados’ com seu passado ancestral. Mas, algum tempo depois, todos estarão perturbados ou desequilibrados emocionalmente, pois manipularam um mistério que desconhecem.

    Alguns tolos iludidos tentam reduzir em sete o número de orixás dentro do ritual de Umbanda Sagrada, mas tu bem sabes que é outro o significado das Sete Linhas de Umbanda. E também sabes que o Setenário Sagrado é regido por Sete Essências Divinas e que os orixás Regentes Naturais dos pontos de força planetária servem-se de mistérios, que são sempre múltiplos de sete. Alguns orixás são multiplicados por três, sete, nove ou onze, perfazendo o número de dimensões onde as essências neles refletidas se projetam e se manifestam na forma de mistérios unidimensionais localizados. Os orixás Naturais são refletores dos Orixás Ancestrais ou das Sete Essências Sagradas. Uns assumem a forma de mistérios negativos e outros a de mistérios positivos, mas todos são mistérios celestiais ou Tronos regentes da evolução das espécies. Por serem o que são, ou seja, misterios, regem todos os estágios evolutivos das espécies afins com suas qualidades ou Essência Sagrada neles projetada pelo Setenário Sagrado.

    Tudo isso os iniciadores de médiuns da Umbanda desconhecem e é por essa razão que tantos médiuns se afastam de sua religião, que tem quase tudo para religá-los com seus mistérios ancestrais. E é nesse quase tudo que está faltando o conhecimento dos mistérios, Niyê he.

    Um bom médium não se forma com a ausência de conhecimentos básicos e fundamentais. E só a boa vontade dos iniciados não é o bastante para quem irá manipular poderes que nem sequer conhece.

    Nos meus limites humanos, a tolerância para com os inocentes é um dos meus recursos e é por isso que raramente me incomoda o despreparo dos médiuns em ativarem ou anularem o mistério Tranca-Ruas. Mas outros mistérios não têm a tolerância como um de seus recursos e reagem com violência quando são invocados por tolos e inconsequentes. Nessas reações é que estão as causas de muitos dissabores por que passam os médiuns umbandistas mal preparados, mas portadores de uma notável vontade de auxiliar seus semelhantes.

    Ainda comentarei em profundidade sobre o sagrado e cósmico Exu. Mas já adianto que, entre aqueles Setenta e Sete Guardiões Negativos ou Cósmicos, o mistério Exu é um deles e não todos eles, como falsos iniciados têm divulgado em seus escritos. Mostrarei quando, onde como e por que a Divindade negativa, o mistério energético-magnético Exu, foi concretizada no plano material, o que chocará os falsos iniciados que pululam no ambiente do Sagrado ritual de Umbanda. Idiotas é o que são, Niyê he, pois tu bem sabes que existem as Divindades cósmicas, tão necessárias e fundamentais às religiões humanas. Com exceção do mistério cósmico Exu, todas elas são mistérios cósmicos, mas não são Exu. Eles não perdem por esperar, Niyê he!

    Sou o Mehi Mahar Lach-me Selmi Laresh yê ou Mehi Mahar Selmi Laresh Lach-me yê que, ao assumir no ritual de Umbanda Sagrada um Trono cósmico, ou seja, Tranca-Ruas, que sustenta um de seus mistérios, perfiz setenta e sete religiões, que já servi ou ainda sirvo como Mehi Mahar Lach-me yê, e conquistei minha setuagésima sétima lança e cor simbólica, adquirindo o grau de Sehi perante o Divino Iá-fer-ag-iim-por-hesh-yê, o Ancestral Guardião Ogum yê do ritual de Umbanda Sagrada.

    Aqui também revelo que o servo da Luz que o Catolicismo cultua como São Jorge é um Sehi Lach-me yê, incorporado ao ciclo reencarnatório pelo Sagrado Ia-fer-ag-iim-ior-hes-yê para servi-lo no plano material, Naquela encarnação em que serviu ao mensageiro do Amor e da Fé, ele conquistou o grau de Santo por suas ações humanas. Se nos cantos de Ogum yê São Jorge é invocado como protetor guerreiro, saibas que ele se manifesta com toda a força que o mistério Ogum yê tem no ritual de Umbanda Sagrada, pois Jorge Guerreiro é um Mehi Sehi Lach-me yê, um Guardião da Lei que se tornou um mistério em si mesmo. Ou os idiotas, que deploram o sincretismo religioso, acham que o Divino Ogum yê iria admitir que o identificassem por meio de ‘alguém’ não afim com sua essência divina? São Jorge Guerreiro é um Sehi Lach-me yê, que traz em sua sagrada lança prateada as setenta e sete cores do Sagrado Arco-Íris da Lei e da Vida, pois foi naquela encarnação, quando defendeu o Cristianismo, que completou seu ciclo reencarnatório e foi reassentado em seu Trono celestial, de onde atende aos pedidos dos espíritos afins com ele, encarnados ou não.

    Sei que respeitas profundamente o sincretismo dos santos e santas com os orixás e recomendo que conserves esse respeito, pois se todos eles são Hesi, Hesi Lach-me yê o são em qualquer religião. Entendidos? “ […]

    (SARACENI; 2017, P. 101-103 – O Guardião dos Caminhos – A História do Senhor Guardião Tranca-Ruas/Madras)

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